Sua marca é realmente inclusiva? Uma lição da Mastercard sobre acessibilidade

O universo dos negócios agora mais do que nunca entende a importância da inclusão e o impacto positivo que isso apresenta para o mundo e para o mercado.

Isso significa que empresas estão procurando tornar seus produtos e serviços inclusivos para todos, para que todas as pessoas tenham a capacidade de alcançar, abordar, usar e compreender o que é comercializado.

CEOs e líderes de sucesso estão se preocupando em como maximizar os lucros e criar marcas orientadas por um propósito. Eles podem estar se perguntando como incorporar a inclusão ao DNA da empresa. Todos os tipos de negócios, independentemente do seu porte, podem começar a assumir essa responsabilidade, priorizando-a e trabalhando juntos para alcançá-la.

Isso se reflete no produto para pagamento mais recente da Mastercard. O Touch Card é parte de um esforço mais amplo para demonstrar que a inclusão não é boa apenas para a sociedade, mas também para os negócios.

Para ser eficaz, a inclusão deve resolver os desafios do mundo real

Recentemente, a Mastercard anunciou os Touch Cards, um novo design que ajuda pessoas com deficiência visual a orientar seus cartões bancários e determinar rapidamente se estão usando um cartão de crédito, um cartão de débito ou um cartão pré-pago, tudo graças a um elemento de design simples.

De acordo com o site da Mastercard, o design conta com um sistema de “entalhes” na lateral de cada modelo de cartão para ajudar o consumidor a identificar o tipo correto:

• os cartões de crédito têm um entalhe arredondado;
• os cartões de débito têm um entalhe amplo e quadrado;
• os cartões pré-pagos têm um entalhe triangular.

O padrão foi projetado para funcionar em terminais POS (ponto de venda) e caixas eletrônicos, garantindo que possa ser implantado em escala.

A Mastercard trabalhou com as instituições The Royal National Institute of Blind People no Reino Unido e o VISIONS/Services for the Blind and Visually Impaired nos EUA para garantir que a solução fosse eficiente.

Além disso, a equipe descartou o uso do braille como opção na superfície do cartão, pois apenas um em cada dez cegos sabe ler braille.

Ter os parceiros certos e prestar atenção às reais necessidades dos clientes são destaques nesse importante passo na busca da empresa por inclusão.

Para que as empresas sejam capazes de resolver os desafios do mundo real, as soluções devem ser verdadeiramente eficazes. Pode ser algo simples, não precisa ser complexo, mas tem que ser efetivo.

Ela deve fazer parte do DNA da empresa

Em junho de 2019, a Mastercard também lançou o True Name, que permite que a comunidade transgênero e não-binária escolha o nome que aparece em seus cartões sem a necessidade de uma mudança legal de nome.

De acordo com Raja Rajamannar, diretor de marketing e comunicação da Mastercard, “temos a responsabilidade de garantir que a economia digital seja possível para todos”.

Para que o impacto real aconteça, ele deve ser incorporado ao DNA das empresas e compartilhado com muitas áreas de modo que todos trabalhem na mesma direção.

Os esforços que empresas globais estão fazendo podem impactar os desafios do mundo inteiro, da fome e saúde ao aquecimento global e acessibilidade.

Ela também faz bem para os negócios

A acessibilidade também pode ser vista como uma decisão de negócios inteligente. De acordo com a Braille Works, as práticas acessíveis podem ser boas para todos, e incluir mais pessoas em sua empresa pode lhe dar acesso a um grupo maior de clientes em potencial.

Existem muitos benefícios decorrentes da acessibilidade que vão além das proteções legais, como ajudar a sociedade a ser melhor, construir relacionamentos em sua comunidade e conhecer as preferências dos clientes.

Além disso, 63% dos consumidores entrevistados em um estudo da Accenture revelaram que preferiam comprar em marcas que têm um propósito.

Empresas que investem em ter produtos e serviços com significado e apostam na transparência dos seus compromissos aumentam sua competitividade.

Como essa ação atraiu a atenção de tantas pessoas, inclusive eu mesma?

Sou responsável pela Rock.org, braço de impacto social da Rock Content e, por esse motivo, adoro acompanhar as tendências sobre impacto social, diversidade e inclusão que estão acontecendo no mercado.

Na Rock Content, temos o objetivo de aprimorar as habilidades dos alunos em marketing digital e vendas. Queremos tornar as oportunidades de aprendizagem acessíveis a todos. Até o momento, impactamos positivamente mais de 50 mil pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica por meio de cursos, mentorias e ações voluntárias.

É inspirador ver tantas empresas, de diferentes segmentos e portes, trabalhando por um mundo melhor e mais inclusivo.

O que podemos aprender com isso?

• comece tornando isso uma prioridade, abra espaço entre as lideranças para discussão de temas como acessibilidade ao produto, responsabilidade social e práticas inclusivas em geral;
• alinhe-se com a visão estratégica da empresa. A iniciativa deve refletir seu negócio;
• aponte alguém como responsável por esse objetivo. Ter uma pessoa dedicando energia exclusivamente fará com que o projeto aconteça mais rápido;
• lembre-se de que a comunicação e as ações inclusivas não funcionam se não forem autênticas;
• então, ganhe o apoio da liderança.

Depois de construir uma estrutura sólida e genuína para permitir que a mudança aconteça, fale sobre o assunto por meio de vários canais! O mundo precisa de inspiração com esses exemplos positivos.